"Todo revés traz dentro de si a semente de um avanço equivalente, cabe a nós apenas procurá-lo."
O exemplo de José, filho de Jacó, nos dá uma visão de uma pessoa que transformou desvantagens em "dez - vantagens". Ele foi vendido pelos irmãos como escravo, no Egito foi comprado por Potifar, em sua casa alcança a posição de Mordomo, depois é assediado pela esposa de Potifar, é caluniado, é preso sobre a acusação de tentativa de estupro contra a mulher, na prisão ganha a confiança do carcereiro, ficando sobre o comando do cárcere e com as chaves das prisões. Diante de Faraó, interpreta seu sonho, e é posto como governador do Egito, um cargo abaixo do Faraó. Este sim conseguiu ver oportunidades onde só havia obstáculos. Os obstáculos que José enfrentou pareciam insuperáveis, mas Deus os transformou em sua maior oportunidade.
Quando falamos em liderança, é necessário lembrar que toda liderança encontra no caminho obstáculos, mas, o que fazer quando isso acontece? Desistir, ou enfrentar?
Segundo o princípio da oportunidade, a vida é uma série de obstáculos, e são estes obstáculos que detêm a chave que abre as portas de nossas maiores oportunidades, bastando apenas que nos disciplinemos para enxergá-las em toda a parte.
Ninguém é perfeito, e como estamos sujeitos a cometer erros - por estupidez, ignorância ou descuido - precisamos aprender a transformar os erros em benefícios. Mas é preciso ter caráter forte para não se desesperar e se entregar ao desânimo. Devemos aprender com nossos erros. Encarar os erros contribui de forma positiva, para uma boa liderança.
O líder sabe que cometerá erros, mas sabe também que pode fazer com que eles se transformem em benefícios para ele e para o grupo. Quanto mais conseguirmos transformar os erros em benefícios, tanto maior será nossa auto-confiança.
Para pormos em prática o princípio da oportunidade, precisamos aprender a encarar os enganos, a agüentar os erros e a tirar proveito deles.
1º Admitir o erro no momento que tiver ciência dele.
Não podemos corrigir uma situação se não reconhecermos que ele existe. Muitas pessoas ficam esperando que o problema desapareça.
2º Assumir a responsabilidade pelo erro.
É de impressionar que poucas pessoas assumem responsabilidade por qualquer coisa que não foi bem sucedida. Sempre que um erro ou um engano estúpido é mencionado - mesmo que não haja implicação de que a pessoa responsável seja apontada - a reação inicial da maioria das pessoas é dizer de um modo ou de outro: "Não fui eu." (transferência de responsabilidade)
Este tipo de reação teve início no jardim do Éden, quando Deus confrontou Adão e Eva depois que eles tinham comido o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Cometer erros não é o fim do mundo, aliás, as pessoas que cometeram o maior número de realizações são as que cometeram o maior número de erros também.
Para corrigirmos e tiramos proveito de nossos erros, precisamos assumir a responsabilidade por eles. Como líderes, devemos assumir também a responsabilidade pelos erros das pessoas do nosso grupo, assim como muitas vezes ficamos com os méritos pelos sucessos do grupo.
3º Fazer um estudo em profundidade das possíveis causas do erro.
Os erros geralmente resultam de:
a) Falha de julgamento;
b) Planejamento insatisfatório;
c) Informação insuficiente;
d) Consolidação deficiente.
Deixar de estudar as causas do erro apenas garantirá a repetição deles.
4º Rever o modus operandi (modo de operação) de modo que o erro não se repita.
Devemos avaliar constantemente o que fizemos para ver se podemos melhorá-lo - não apenas em relação ao erro, mas em relação a todas as outras atividades. O aprendizado perene assegura uma liderança produtiva. Aprendamos com os erros dos outros também. (Maturidade e sabedoria)
"O inteligente aprende com seus próprios erros, o sábio aprende com os erros dos outros."
É preocupante ver crentes que aspiram ser líderes e que ainda não aprenderam nada das Escrituras, que não leram, em média, cinco livros por ano, e que nada fizeram para aumentar seus conhecimentos nem apurar suas habilidades.
"Se você se acha maduro demais para aprender, seu próximo estágio será apodrecer."
Temos que estar continuamente aprendendo com as experiências dos outros.
Nosso aprendizado tem der ser seguido pela ação.
5º Usar os erros como placas de sinalização.
As lições que aprendemos com os enganos que cometemos e com os obstáculos que encontramos e superamos, nos ajudarão a ser melhores líderes no futuro.
Quando um crente caído se arrepende verdadeiramente, ele pode crescer em graça com grande rapidez, ao passo que, enquanto estava vivendo no pecado ele ficara estagnado.
As cicatrizes do pecado, permanecem mesmo depois que a ferida é curada.
"A Sabedoria de um ser-humano não está em não errar; mas em usar seu erro como alicerce de crescimento."
(Augusto Cury)
6º Lembrar que os obstáculos realçam a liderança.
Superando os obstáculos, melhoramos nossa capacidade de liderança:
a) Pela credibilidade que estabelecemos perante outros que percebem que já passamos o que eles estão passando agora;
b) Pelo condicionamento do nosso próprio espírito para o serviço;
c) Pela oportunidade de demonstrar amor, humildade e auto-domínio.
Aqui se fazem necessárias duas palavras de advertência:
1- O líder não deve tentar destacar-se, nem lamentar-se. Ele não deve se queixar de que está se sacrificando;
2- Tratar os obstáculos como se não existissem é fugir à realidade, e desonra a Deus. Os obstáculos existem.
Sob a direção de Deus, o líder deve desenvolver o hábito de, criativamente, converter os obstáculos em oportunidades. Esse hábito realçará nossa liderança, inspirando aqueles que nos seguem.
Com Deus, todo obstáculo pode ser uma oportunidade!
Decidindo Destinos
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